terça-feira, 28 de junho de 2016

A ORIGEM DOS POVOS

São esses os clãs dos filhos de Noé, distribuídos em suas nações, conforme a história da sua descendência. A partir deles, os povos se dispersaram pela terra, depois do Dilúvio.

Gênesis 10:32


A partir dos filhos de Noé e seus descendentes, Deus repovoou a Terra depois do Dilúvio.

“Partindo da região de Ararate, os descendentes de Jafé foram para o oeste, onde hoje é a Ásia Menor e a Europa; os descendentes de Cam seguiram para o sudoeste, em direção a Canaã, Egito e Norte da África; e os de Sem se dirigiram para o Sudeste da Mesopotâmia, no local que hoje chamamos de Golfo Pérsico”. ¹

Como Deus fez isso e qual era o seu objetivo?

De um só fez ele todos os povos, para que povoassem toda a terra, tendo determinado os tempos anteriormente estabelecidos e os lugares exatos em que deveriam habitar.


Deus fez isso para que os homens o buscassem e talvez, tateando, pudessem encontrá-lo, embora não esteja longe de cada um de nós.

Atos 17:26 e 27


¹ STOTT, John. A Bíblia toda o ano todo: meditações diárias de Gênesis a Apocalipse. p.43. Editora Ultimato. Viçosa-MG, 2007. 

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

A ORIGEM DO SER HUMANO

         
          Atualmente a teoria mais aceita entre os cientistas sobre a origem da vida e do ser humano é a Teoria da Evolução, surgida no século XIX a partir dos estudos do naturalista inglês Charles Darwin. Mas hoje em dia existe um bom número de cientistas que defendem uma outra teoria chamada de Teoria do Design Inteligente (TDI) ou Teoria do Projeto Inteligente.

          Segundo o evolucionismo, no ciclo da reprodução, uma geração apresentaria pequenas modificações em relação à geração anterior que com o passar de muitos anos se tornariam mais ou menos fixas, surgindo com isso novas espécies. Aquelas características que deram aos seus possuidores uma melhor adaptação às condições do meio, garantiria sua sobrevivência, enquanto as demais tenderia a desaparecer. Por isso, houve a perpetuação apenas das espécies mais bem adaptadas.

         
          Enquanto isso, a Teoria do Projeto Inteligente se baseia na existência da informação como entidade importante no universo ao lado da matéria e da energia. Segundo essa teoria,  além da matéria e da energia podemos encontrar no universo a informação que garante a existência de sistemas complexos, organizados, padronizados e funcionais, como aqueles encontrados na molécula de DNA. Além disso, podemos perceber claramente que por trás de toda informação existe uma inteligência que a projetou. Sendo assim, todas as espécies, inclusive o ser humano, dado o grau de informação que possui em seus organismos que os torna complexos, organizados, padronizados e funcionais, seriam fruto de um Projeto Inteligente.

          Essas são atualmente as duas teorias científicas que se propõem a explicar a origem da vida e do ser humano no universo, o Evolucionismo que tenta explicar a origem da vida pela via das forças naturais e o Projeto Inteligente, que tenta explicar a origem da vida pela via da ação de uma mente inteligente e consciente.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

COMO SURGIRAM OS SINDICATOS?

Carnaubais viverá hoje (28 de novembro de 2013) mais uma eleição para a escolha da diretoria que ficará a frente do Sindicato dos Servidores Púbicos de Carnaubais – SINDISEC pelos próximos dois anos.

Mas, como foi mesmo que surgiram os sindicatos? Surgiram no século XIX, no contexto da revolução industrial, quando nas primeiras fábricas era comum o trabalho de crianças e grávidas e as jornadas de trabalho variavam entre 14 e 17 horas, sob péssimas condições de trabalho e segurança. Naquela época, o que realmente importava era a produção e não o trabalhador.

Assim, para obter melhores condições de trabalho e sair desse contexto de exploração, os trabalhadores foram gradativamente ganhando o direito de se associarem em grupos a fim de lutar pelo que lhes era devido. Começou primeiramente na Inglaterra em 1833, depois apareceu na França em 1864, nos Estados Unidos em 1866 e na Alemanha em 1869.


Hoje em dia existem os mais variados tipos de sindicatos que representa e defende o direito das mais variadas categorias profissionais.

sábado, 28 de setembro de 2013

HOUVE UM OUTRO TEMPO...


Houve um outro tempo. Um tempo em que nas vilas e nos povoados as pessoas não tinham carros ou motos, mas andavam a pé ou no lombo de animais. Era o tempo em que quase não havia meios de comunicação, o tempo em que não havia a disponibilidade de um telefone e não existia a internet, um tempo sem a rapidez de uma ligação ou de um e-mail ou então de uma simples mensagem de texto ou postagem no facebook, um tempo em que os homens se tornavam “pombos-correios”, usados como meio de comunicação entre as elites provincianas e seus “padrinhos”.

Era o tempo em que as pessoas de Carnaubais moravam na várzea. O tempo em que Carnaubais ainda não era Carnaubais, mas Poço da Lavagem, um povoado que pertencia a Assu. Era o tempo em que João Batista de Araújo, conhecido como João de Rita era o mensageiro das elites do povoado. O tempo em que ele a pé ou no lombo de algum animal emprestado “diariamente se deslocava do antigo Poço da Lavagem para transmitir aos coronéis do Assu os pedidos de mercadoria ou de apadrinhamento que necessitavam aqui na província – Abel Fonseca, Eloi Lacerda, Totonho Benevides, Zé Cabral e outros que gozavam da amizade do Major Minervino Wanderley, Montenegro da Picada e Manoelzinho Montenegro”.*

Sim, era um outro tempo. O tempo em que os despertadores das pessoas eram o cantar do galo, o escurecer era o chamado para todos se recolherem e um ano parecia até dois. O tempo em que tudo andava mais devagar, com mais paciência, o tempo em que as pessoas tinham mais tempo, o tempo em que as pessoas eram mais tranquilas, os trabalhos e todas as atividades cotidianas não tinham tanta pressa para acontecer, mas até pareciam que estavam acompanhando os ciclos da natureza, que se moviam calmamente, esperando sempre a época certa e o tempo determinado.

* LACERDA, Aluizio.Histórias daqui mesmo. Carnaubais 1992.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

AUGUSTO (DIVINO)

De um sistema republicano, Roma passou a ser governada por um imperador vitalício em 27 a.C. e que em 395 d.C. dividiu o império com outro imperador que governaria a partir de Bizâncio (que depois passou a ser chamada de Constantinopla e hoje em dia é conhecida como Istambul). O Império Romano do Ocidente caiu em 476 d.C. diante das invasões dos povos bárbaros e o Império Romanos do Oriente terminou em 1453 d.C. com a tomada de Constantinopla pelos turcos otomanos. Foi nessa fase política que Roma tornou-se mais comercial do que agrária, acumulou o máximo de seu poder e conquistou a maior parte de suas terras. Os povos conquistados foram escravizados ou passaram a pagar impostos para o império.

Seu primeiro imperador foi Otávio Augusto. Caio Júlio César Octaviano nasceu em 23 de setembro de 63 a.C. Em 15 de Março de 44 a.C. quando Júlio César foi assassinado por um grupo de senadores, Otávio estava na Ilíria, servindo no exército, mas ao retornar para a Itália e uma vez informado que era o herdeiro adotivo de César começou então sua busca pelo poder. Nessa época, adotou a efigie de Filho de Deus (Divi filius, em latim), pois ele queria que o pai adotivo fosse considerado como um deus e ele mesmo como uma figura divina. Depois de vários conflitos que levaram a morte dos seus inimigos e rivais, Otávio entrou em Roma em 29 a.C. como senhor único e depois disso, em 27 a.C. recebeu com o título de Augusto (divino) os poderes repartidos até então entre os magistrados. Assim, de 16 de Janeiro de 27 a.C. até 19 de agosto de 14 d.C., quando morreu, Otávio Augusto governou Roma como o seu primeiro imperador, exigindo que os seus súditos o adorassem como um deus.

Foi na época do governo do primeiro imperador de Roma, aquele que havia reivindicado para si o título de Divi Filius (Filho de Deus) e depois de Augusto (Divino), que nasceu Jesus Cristo, na cidade de Belém, na região da Judéia, que estava sob o domínio romano desde 63 a.C (ano em que Otávio nasceu).

O evangelista Lucas nos traz uma informação histórica que nos permite localizar o nascimento de Jesus no tempo, fixando esse acontecimento justamente durante o governo de Otávio Augusto, conforme trecho do seu evangelho a seguir:

“E aconteceu naqueles dias que saiu um decreto da parte de César Augusto, para que todo o mundo se alistasse (Este primeiro alistamento foi feito sendo Quirino presidente da Síria). E todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. E subiu também José da Galiléia, da cidade de Nazaré, à Judéia, à cidade de Davi, chamada Belém (porque era da casa e família de Davi), A fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. E aconteceu que, estando eles ali, se cumpriram os dias em que ela havia de dar à luz. E deu à luz a seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.” (Lucas 2:1-7).

Já o evangelista Marcos, que também viveu durante o período do Imperador Otávio e possivelmente soube que esse imperador reivindicava para si o título de Filho de Deus e de Augusto (Divino) fez a seguinte declaração a respeito de Jesus no início do seu evangelho:

Princípio do Evangelho de Jesus Cristo, Filho de Deus; (Marcos 1:1).

Percebe-se então com isso, que no mesmo período em que Otávio Augusto e seus sucessores difundiram a ideia de que o imperador romano era um deus (Augusto) e que o povo deveria adorá-lo, Jesus e posteriormente as igrejas cristãs nascentes estavam divulgando o evangelho, no qual, um dos seus principais ensinos era de que Cristo era o Filho de Deus que foi enviado como salvador da humanidade.

“Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.” (João 3:17).









quarta-feira, 22 de maio de 2013

NOMES DA TERRA



A história de Carnaubais tem algumas semelhanças com a história do Brasil, dentre as quais os nomes, pois assim como o Brasil teve vários nomes, Carnaubais também teve.

Um dos primeiros nomes do Brasil foi Pindorama que em tupi-guarani significa “Terra das Palmeiras”. Mas esse nome era chamado apenas por algumas tribos.

Com a chegada dos portugueses que eram católicos romanos, o Brasil ganhou dois nomes, um sucedendo o outro, que tinham referência religiosa: Ilha de Vera Cruz e Terra de Santa Cruz.

Finalmente nossa nação recebeu o nome de Brasil devido a grande presença de pau-brasil em nossas terras.

De forma semelhante aconteceu com Carnaubais. Seu primeiro nome foi Poço da Lavagem devido a um poço d’água que se formou depois de uma cheia e que os tropeiros que transportavam cargas de Assu para Macau e vice-versa usavam para banhar seus animais. Esse primeiro nome não teve semelhança com o primeiro nome do nosso país.

Mas a partir do segundo as semelhanças apareceram. Depois de Poço da Lavagem nossa cidade recebeu nomes com referência religiosa: Santa Luzia e Vila de Santa Luzia devido a uma promessa feita por um influente e devoto morador chamado Abel Alberto da Fonseca, que segundo se conta, teve o seu carnaubal miraculosamente salvo de um incêndio.

Finalmente, nossa terra recebeu um nome com referência a vegetação nativa: Vila dos Carnaubais e Carnaubais devido ao grande número de carnaubeiras que existe na várzea de nossa cidade.

A diferença entre nossa cidade e nosso país é que ainda hoje existem várias carnaubeiras na várzea de Carnaubais de modo que os pais ainda podem mostrar aos seus filhos qual vegetação deu nome a nossa cidade, enquanto que no caso do Brasil, existem poucos paus-brasis, de modo que nem todos os pais conhecem a planta que deu nome a nossa nação ao ponto de poderem mostrar aos seus filhos.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

SOBRE O SURGIMENTO DO PAPADO


O antigo Império Romano agora era cristão. O cristianismo tinha alcançado sua liberdade de culto em 313 d.C., mas em 390 d.C. um passo mais ousado foi dado, o cristianismo se tornou a religião oficial do império.  Essa religião que deixou de ser perseguida e passou a ser dominante tinha os seus líderes que ensinavam e cuidavam de seus membros, eram os bispos. No início era tudo muito simples, os bispos eram a princípio somente pastores de uma igreja local. Mas aos poucos as coisas foram mudando, pois esses líderes foram ganhando importância e poder e passaram a ser governantes de uma diocese. Esses homens deixaram de ser dirigentes de uma igreja local e passaram a serem considerados a própria igreja, sim, pois, a igreja agora era vista como o bispo e aqueles em comunhão com ele. Mas essa crescente não parou por aqui, pois os bispos das capitais das províncias romanas tornaram-se ainda mais importantes, sendo chamados de bispos metropolitanos. Destes, cinco cresceram ainda sobre os demais e eram considerados patriarcas: era o bispo de Roma, o de Constantinopla, o de Alexandria, o de Antioquia e o de Jerusalém. E entre esses cinco ainda tinha dois que se levantava a cima dos demais: o de Roma e o de Constantinopla. Mas essa igualdade entre os dois não duraria muito tempo, pois aos poucos o bispo de Roma foi sendo considerado ainda maior do que todos, pois este era o bispo da antiga capital do império, e todos já tinham o costume de apelar para ele em disputas eclesiásticas. Além disso, no século V, todos passaram a aceitar a pretensão petrina, aquela velha história que agora virou doutrina de que Jesus deu a Pedro autoridade sobre os demais apóstolos, e que Pedro foi o primeiro bispo de Roma, legando seu primado aos seus sucessores naquela igreja, de modo que eles tinham o direito divino da autoridade, de primazia sobre os demais bispos. Pronto, só sobrou o bispo de Roma. Mas era preciso agora de um nome que o destacasse dos demais. Então, vamos lá, chamá-lo-emos de Papa, que significa Pai. Tudo bem, mesmo que esse título já fosse usado por qualquer bispo, mas agora, com o crescimento do bispo de Roma sobre os demais, esse título deveria ser reservado só para ele. Então, senhoras e senhores, vos apresentamos o líder maior e universal da Igreja Católica Apostólica Romana: com vocês o bispo de Roma, como vocês o Papa.